Valdeci Silva Mendes
2019
ENSINAR A CUIDAR EM ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM ÉTNICO-RACIAL, HISTÓRICA E CONTEMP
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Síntese
As escolhas, a composição e reprodução de políticas públicas, estejam elas voltadas para a formação ou para a prestação de serviços de saúde, refletem direta e indiretamente na qualidade e condições de vida de uma determinada população. No caso do Brasil, as políticas públicas de educação e de formação em saúde/enfermagem e, igualmente, as políticas públicas de saúde, principalmente as higiênicas e sanitárias, com interfaces com as pseudociências/teorias racistas, sobretudo as eugênicas adotadas e adaptadas à realidade brasileira, reproduziram consequências que, até certo ponto, refletem sobre o conjunto de população e a saúde do contingente negro deste país. Em face desse processo histórico, por vezes, forçadamente ocultado e incompreendido, procurou-se compreender, por meio da história do curso de enfermagem criado em 1975 em Mato Grosso e por meio de informações cedidas por docentes enfermeiras e enfermeiros e discentes concluintes, como se organiza o ensinar a cuidar em enfermagem e identificar, se na contemporaneidade, contemplam conteúdos que favoreçam ou não em uma perspectiva de cuidar de pacientes negros ao reconhecer que há desigualdades raciais no acesso e assistência em saúde.